segunda-feira, 5 de outubro de 2009

MARKETING

É o conjunto de conhecimentos necessários para estimular trocas satisfatórias entre empresas e consumidores. O profissional de marketing elabora estratégias de vendas de produtos, detectando e aproveitando as oportunidades de mercado, com o objetivo de satisfazer o cliente e obter retorno para uma determinada marca ou produto. Cabe a ele executar estratégias para alcançar os objetivos que a empresa deseja atingir, como lealdade à marca, boa imagem do produto e lucratividade. Pode atuar em qualquer tipo de organização, desde departamentos de marketing de grandes empresas até institutos de pesquisa e órgãos públicos. Está habilitado também a prestar assessoria a pequenos e médios negócios. Dessa forma, sua principal função é promover a marca e o lançamento de produtos, definindo, por exemplo, as estratégias, o público-alvo e o preço a ser estabelecido.

É o conjunto de conhecimentos necessários para estimular trocas satisfatórias entre empresas e consumidores. O profissional de marketing elabora estratégias de vendas de produtos, detectando e aproveitando as oportunidades de mercado, com o objetivo de satisfazer o cliente e obter retorno para uma determinada marca ou produto. Cabe a ele executar estratégias para alcançar os objetivos que a empresa deseja atingir, como lealdade à marca, boa imagem do produto e lucratividade. Pode atuar em qualquer tipo de organização, desde departamentos de marketing de grandes empresas até institutos de pesquisa e órgãos públicos. Está habilitado também a prestar assessoria a pequenos e médios negócios. Dessa forma, sua principal função é promover a marca e o lançamento de produtos, definindo, por exemplo, as estratégias, o público-alvo e o preço a ser estabelecido.

Disciplinas como fundamentos da administração e do marketing aparecem já no primeiro ano, mesclando-se com outras mais gerais, como sociedade, meio ambiente e cidadania. A partir do terceiro ano começam matérias mais específicas como comportamento do consumidor, estatística, finanças, economia, administração estratégica e pesquisa de marketing. Você também estuda produção e leitura de textos e aspectos ligados à gestão em vários segmentos, como gestão de preços, de produtos e de comunicação. No último ano deve-se fazer a opção entre gestão de marketing ou pesquisa de mercado. Na conclusão do curso é exigida a apresentação de um trabalho.Duração média: quatro anos.

LETRAS

Ler, ler, ler. E gostar de comunicação. O profissional de Letras precisa ter amor ao estudo da língua - seja a materna ou outra estrangeira. Ele pode se dedicar à tradução, à literatura ou ao ensino. Mas não ache que a faculdade de Letras forma escritores: ali é lugar de aprender sobre a estrutura da língua. Talento literário não se ensina. Além dessas duas áreas, é possível dedicar-se à tradução. Em ambas as habilitações - licenciatura e bacharelado -, a formação inclui, no geral, o estudo do português e uma língua moderna, como inglês, espanhol ou francês, e suas respectivas literaturas. É possível, ainda, estudar línguas clássicas, como latim e grego. "Em qualquer área escolhida, é necessário ter familiaridade com o texto, boa redação e conseguir dissertar bem idéias próprias ou não. Como a língua é viva e se modifica o tempo todo, é preciso estudar muito", diz Julia Medrado, coordenadora de projeto da Intellibiz Traduções Empresariais, em São Paulo. A rotina de Julia é intensa. Geralmente, o material chega em cima da hora e as empresas exigem agilidade e qualidade. Ela analisa o projeto, estabelece prazos, seleciona os tradutores qualificados para aquele trabalho e supervisiona o andamento. Com prazos curtos, é fundamental ter minúcia e organização. "Trata-se de um trabalho artesanal, muito humano. É gratificante fazer a ponte entre pessoas que não falam a mesma língua. Isso amplia a possibilidade de comunicação e de aprendizado entre os povos", afirma Julia. Além da tradução empresarial, há também espaço em editoras, para fazer a preparação de originais e revisar ou traduzir textos, e nas áreas de interpretação e secretariado bilíngüe.


O profissional com licenciatura dificilmente fica sem emprego. Ele é requisitado por escolas das redes pública e particular para lecionar português, espanhol ou inglês. Quem tem título de mestre ou doutor se credencia para dar aulas em universidades e desenvolver projetos de pesquisa acadêmica. "Para quem opta por outras áreas além do magistério, o mercado de tradução é o mais aquecido", afirma Ronaldo Teixeira Martins, coordenador do curso de Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. "O bacharel encontra oportunidades como tradutor em jornais, revistas, editoras de livros e empresas que organizam eventos internacionais. Faz, também, tradução e legendagem para televisão e cinema", diz. Revisores com bom domínio da norma culta da língua portuguesa também são profissionais valorizados nesses segmentos. Editoras de livros contratam os formados em Letras para fazer produção editorial e preparação de obras didáticas. O especialista é procurado por empresas para treinar os funcionários na fluência de idiomas ou ensinar português para estrangeiros. É possível atuar como intérprete em eventos ou para grupos estrangeiros em visita ao Brasil. Um segmento em ascensão é o de "localização" - tradução dos comandos e manuais dos programas de computador importados.

O aluno opta logo no início por um idioma estrangeiro - como inglês, francês, espanhol e italiano - para estudar e treinar em laboratório e sala de aula. Análise literária, produção de textos, tradução e pesquisa sobre a evolução e o uso dos idiomas ocupam boa parte da carga horária. Entre as matérias teóricas estão teoria literária, semântica e fonologia, além de língua portuguesa e literaturas portuguesa e brasileira. Para lecionar é preciso fazer licenciatura. Algumas faculdades oferecem as duas formações, a de bacharel e a de licenciado. Há instituições que oferecem, como parte da graduação, programas especiais, como o de formação de escritores, uma série de oficinas que ensina ao aluno as principais técnicas de redação literária. A duração média do curso é de quatro anos.

JORNALISMO

jornalista é um contador de boas histórias. Ele deve ter a capacidade de compreender a realidade mutante e fragmentária para, então, reportá-la. Com isso, democratiza a informação e permite ao leitor tomar posições que melhorem sua vida. A liberdade de expressão e a responsabilidade social do jornalismo são pilares de sustentação da democracia

O profissional da notícia apura, redige e edita reportagens, entrevistas e artigos, adaptando o tamanho, a abordagem e a linguagem dos textos ao veículo e ao público a que se destinam. Senso crítico, capacidade de expressão, domínio do português e de técnicas de redação são fundamentais. Além disso, ele pode atuar na assessoria de imprensa de empresas, ONGs e governo. A rotina do jornalista não é fácil e requer muito estudo. Egypto trabalha no Observatório com o conceito de redação virtual: a equipe que comanda está em seis cidades distintas, seu dia-a-dia é ler (virtual e fisicamente) e navegar na internet o dia todo. De domingo a terça-feira, ele fica por conta do fechamento do Observatório. Nos dias restantes, cuida da atualização do site e de outras atividades, como a edição de livros. "O ritmo de trabalho depende muito do veículo. Uma coisa é certa: trabalha-se em tempo integral. Isso não significa que não existe lazer. Mas, ao ler um livro na praia ou ao assistir a um DVD, o jornalista está trabalhando. A profissão é um eterno estado de prontidão

As ofertas de emprego para jornalistas têm-se mantido estáveis nos últimos anos, mas recentemente uma movimentação do jornalismo na TV brasileira aqueceu o setor. Além do investimento que algumas emissoras fizeram na montagem de equipes de seus telejornais, surgiram canais de notícias 24 horas. Canais ligados a assembléias legislativas e câmaras municipais de grandes cidades também contribuem com a abertura de novos postos de trabalho. A internet continua como um veículo que oferece boas oportunidades aos jornalistas, sobretudo na atualização de notícias dos grandes provedores de internet. O campo para o segmento da assessoria de imprensa é favorável. "Órgãos públicos, ONGs e a maioria dos políticos têm hoje seu próprio assessor de imprensa, o que aumenta a procura pelo profissional", diz José Carlos Proença, coordenador do curso de Jornalismo da Universidade de São Paulo (USP). Os maiores empregadores continuam nas capitais, principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, mas cresce o número de oportunidades em cidades do interior, sobretudo da região Sudeste. Além de trabalhar com carteira assinada, muitos jornalistas atuam como prestadores de serviço fazendo trabalhos esporádicos.


As disciplinas básicas são língua portuguesa, economia, teoria da comunicação, filosofia, história da arte e sociologia. Depois vêm as matérias específicas, como jornalismo interpretativo e informativo, técnicas de redação e edição de texto, novas tecnologias de comunicação e design gráfico. Há aulas práticas de fotojornalismo, jornalismo impresso e on-line, rádio e TV. Em algumas escolas, o curso, com duração média de quatro anos, é oferecido como habilitação de Comunicação Social.

HISTÓRIA

É o campo do conhecimento que estuda o passado humano em seus vários aspectos: economia, sociedade, cultura, idéias e cotidiano. O historiador investiga e interpreta criticamente os acontecimentos, buscando resgatar a memória da humanidade e ampliar a compreensão da condição humana. Seu trabalho se baseia, principalmente, na pesquisa de documentos, como manuscritos, impressos, gravações, filmes, objetos e fotos. Depois de selecionar, classificar e relacionar os dados levantados em bibliotecas, arquivos, entrevistas ou estudos arqueológicos, ele data o fato ou o objeto, confere autenticidade e analisa sua importância e seu significado para a compreensão do encadeamento dos acontecimentos.


O mercado mais tradicional para esse profissional - as escolas de ensino médio e faculdades - se mantém estável, mas novos campos de trabalho vêm se abrindo. Nos últimos anos, cresceu a procura por historiadores em empresas privadas, órgãos públicos e entidades de apoio à cultura, para atuar principalmente nas áreas de preservação do patrimônio e resgate histórico. O historiador também tem sido contratado por empresas interessadas na consultoria histórica de produtos - a pesquisa da trajetória de artigos antigos que podem ser relançados ou de similares com boa ou má aceitação no mercado - para que seus lançamentos estejam mais próximos das expectativas dos consumidores. As operadoras e as agências de turismo, por sua vez, buscam o profissional para auxiliar na criação de roteiros focados em destinos históricos e culturais. Museus e centros culturais são outra alternativa de colocação do historiador, que pode trabalhar na curadoria de exposições e na organização e promoção de cursos livres. Nas editoras, ele é contratado para atuar na elaboração de livros didáticos e paradidáticos. O historiador encontra ainda trabalho na produção de teatro, cinema e televisão, onde faz pesquisa de época para filmes e novelas, ajuda a elaborar roteiros e dá apoio ao material audiovisual em geral.


O currículo é composto de disciplinas que abordam tanto períodos, seja história antiga, seja medieval, quanto regiões, como Brasil ou Ásia. Há também temas específicos dessa área de conhecimento, como metodologia da história, teoria da história ou história da ciência. Sociologia, geografia, literatura brasileira, antropologia e arqueologia complementam a formação. Muita leitura e boa dose de palestras e seminários fazem parte do cotidiano do aluno. Atenção: a maior parte dos cursos de História no país é de licenciatura, que forma professores. Na licenciatura, o curso pode receber o nome de Estudos Sociais (história). Se você quiser se dedicar à pesquisa ou trabalhar em empresas, pode valer a pena fazer um bacharelado. O estágio é obrigatório, assim como o trabalho de conclusão de curso. Duração média: quatro anos.

HOTELARIA

É o gerenciamento de hotéis, complexos turísticos e dos serviços por eles oferecidos. O bacharel em Hotelaria, ou administrador hoteleiro, é responsável pela direção e pelo funcionamento de hotéis, resorts, flats, spas e estâncias. Ele coordena todos os serviços oferecidos ao hóspede, como acomodação, alimentação, recreação e lazer. Contrata, orienta e supervisiona os funcionários, organiza e providencia a infra-estrutura do estabelecimento, checa as instalações e negocia com fornecedores. Pode participar da montagem de novos empreendimentos hoteleiros, definindo planos de marketing e estabelecendo relações com as autoridades da região. Ou organizar e promover eventos, palestras, feiras, exposições e convenções.

O Brasil ainda tem grande potencial turístico a ser explorado e, por isso, essa é uma área considerada promissora. Novos hotéis estão sendo abertos por todo o país, voltados principalmente para o turismo de lazer e para o comercial. São Paulo é a cidade brasileira que mais recebe visitantes durante a semana por conta do grande volume de negócios e, assim, absorve muitos profissionais. A região Nordeste apresenta alta demanda pelo profissional, sobretudo por mão-de-obra especializada. O Sul também oferece vagas, especialmente na região serrana. Para conseguir os melhores postos de trabalho, é essencial ter fluência em inglês, além de conhecimentos em uma terceira língua. Os especialistas em eventos e em empreendimentos e negócios têm boas chances no mercado. A área acadêmica conta com boas perspectivas, pois muitas faculdades e vários cursos técnicos de Hotelaria são criados no país e precisam de pessoas capacitadas para dar aulas.


O Brasil ainda tem grande potencial turístico a ser explorado e, por isso, essa é uma área considerada promissora. Novos hotéis estão sendo abertos por todo o país, voltados principalmente para o turismo de lazer e para o comercial. São Paulo é a cidade brasileira que mais recebe visitantes durante a semana por conta do grande volume de negócios e, assim, absorve muitos profissionais. A região Nordeste apresenta alta demanda pelo profissional, sobretudo por mão-de-obra especializada. O Sul também oferece vagas, especialmente na região serrana. Para conseguir os melhores postos de trabalho, é essencial ter fluência em inglês, além de conhecimentos em uma terceira língua. Os especialistas em eventos e em empreendimentos e negócios têm boas chances no mercado. A área acadêmica conta com boas perspectivas, pois muitas faculdades e vários cursos técnicos de Hotelaria são criados no país e precisam de pessoas capacitadas para dar aulas.

GEOLOGIA

É a ciência que estuda a origem, a formação, a estrutura e a composição da crosta terrestre e as alterações sofridas no decorrer do tempo. O geólogo investiga a ação das forças naturais sobre o planeta e seus efeitos, como a erosão, a glaciação e a desertificação. Para isso, ele pesquisa e analisa fósseis e minerais e a topografi a dos terrenos. Classifica rochas ígneas, sedimentares e metamórficas, que ocorrem tanto na superfície terrestre quanto no subsolo e no fundo do mar. Também localiza e acompanha a exploração de jazidas de minério, depósitos subterrâneos de água e reservas de petróleo e de gás natural. Faz parte de suas preocupações procurar evitar os danos que a exploração desses recursos possa causar ao meio ambiente. Elabora relatórios de impacto ambiental e analisa o terreno antes da realização de grandes obras, como túneis, barragens, reservatórios, usinas, estradas e aterros.

O mercado de trabalho do geólogo está ligado aos altos e baixos da economia e à demanda mundial por petróleo. A crescente preocupação com os impactos ambientais tem feito com que essa profissão esteja em ascensão. Existem vagas para todos os formados e, em alguns casos, falta mão-de-obra qualificada para preenchê-las no Brasil e no exterior. As maiores oportunidades estão nas áreas de exploração de petróleo e de mineração, impulsionadas pelo anúncio feito pela Petrobras em 2007, da viabilidade econômica do maior campo de petróleo do país, o de Tupi, localizado na Bacia de Santos. Empresas púbicas, como a Petrobras e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, costumam abrir concurso para contratar esse profissional. Outra tradicional empregadora é a Vale (antiga Companhia Vale do Rio Doce), que tem enviado muitos desses especialistas para o exterior. A maioria das vagas é para a região Sudeste, mas muitas empresas de mineração levam seus funcionários para trabalhar na região amazônica, no Centro-Oeste, Paraná, Rio Grande do Norte e em Sergipe. Quem trabalha no campo da geologia ambiental encontra boas chances de emprego em prefeituras de grandes cidades. A de São Paulo, por exemplo, teve recentemente vários projetos de planejamento urbano que contavam com geólogos especializados nessa área. Empresas de todo o Brasil que lidam com monitoramento para evitar vazamentos em postos de gasolina também contratam o geólogo.


Começa com matérias básicas, como química, matemática, física e biologia, mas já no primeiro ano o aluno tem atividades de campo para se familiarizar com os conteúdos próprios da Geologia. Em seguida, entram no currículo algumas disciplinas específicas, como petrografia (descrição e análise de rochas), sedimentologia e paleontologia. A partir do terceiro ano, a ênfase é dada à formação profissional com aulas de geologia econômica, sensoriamente remoto, tratamento de minérios e geologia urbana, entre outras. Parte considerável da formação ocorre em aulas práticas extraclasse. Nos trabalhos de campo, o estudante faz mapeamentos e coleta material que será mais tarde analisado em laboratório. Em algumas escolas, exige-se, no último ano, um trabalho de conclusão de curso, que pode ser feito em campo ou em uma empresa, de acordo com o tema escolhido.Duração média: cinco anos.

GESTÃO AMBIENTAL

É o estudo do funcionamento do meio ambiente e das diferentes formas de organismos vivos e sua relação com o ser humano. O bacharel em Gestão Ambiental planeja, desenvolve e executa projetos que visam à preservação do meio ambiente. Ele analisa a poluição industrial do solo, da água e do ar, a exploração de recursos naturais e, com base nos dados coletados, elabora estratégias para minimizar o impacto causado pela ação das atividades humanas. Trabalha no setor público ou privado e nas áreas urbanas, rurais ou industriais. É habilitado para atuar no planejamento ambiental, na exploração de recursos naturais de maneira sustentável e na recuperação e manejo de áreas degradadas. Entre suas competências, faz certificações, hoje em vigor no setor florestal, envolvendo empreendimentos agrícolas e industriais. Para isso, segue normas da Organização Internacional de Normalização (ISO).

A preocupação em preservar o meio ambiente fez aumentar a procura por esse profissional. As melhores oportunidades estão nas regiões Sul e Sudeste, os mais importantes pólos industriais do país, mas o Norte, Nordeste e Centro-Oeste são promissores. O bacharel trabalha em indústrias de diversos ramos e em consultorias ambientais, elaborando projetos voltados para o reaproveitamento de águas, a redução de resíduos sólidos e o controle de emissão de poluentes. Organizações não-governamentais e órgãos públicos, como prefeituras e companhias estatais de saneamento básico, também procuram esses profissionais. Concursos públicos do Ibama e de secretarias estaduais do Meio Ambiente costumam oferecer vagas para esse tecnólogo como analista ambiental.


O currículo possui uma boa base em ciências da natureza, com disciplinas como física, química, biologia, meteorologia e geologia, juntamente com as ciências sociais e humanas. Entre as matérias mais específicas estão geoprocessamento, técnicas de análises de solo, água e ar, legislação ambiental e sistemas gerenciais aplicados à área. Duração média: quatro anos.

GEOGRAFIA

É a ciência que estuda a superfície, o clima e a vegetação do planeta e sua ocupação pelo homem. O geógrafo estuda o solo, o relevo, o clima, a distribuição das águas e a vegetação da Terra. Também analisa a organização das populações e sociedades, sua relação com o ambiente e a ordenação social e econômica de espaços urbanos e rurais. Elabora planos diretores de municípios e diagnósticos para a redução do impacto ambiental em regiões poluídas ou ameaçadas pela construção de grandes obras. Com dados recolhidos por satélites e radares, confecciona e interpreta mapas, diagnosticando fenômenos, como a desertificação, a erosão de solos, o desmatamento e o avanço dos oceanos sobre a faixa litorânea.

O mercado de trabalho é favorável tanto para quem faz licenciatura como para quem opta pelo bacharelado. Na área de ensino, o professor de Geografia encontra boas chances de emprego em escolas de ensino fundamental e médio de todo o país. Em muitas regiões, existe carência desse docente e as vagas acabam sendo preenchidas por professores de áreas afins. Também há demanda por parte de prefeituras, órgãos públicos e empresas privadas de consultoria. As melhores oportunidades são reservadas para os profissionais da área de informática e geoprocessamento, principalmente em companhias de engenharia e multinacionais. Há boas perspectivas em empresas de controle de tráfego, como o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo. A preocupação ambiental tem gerado procura por geógrafos por parte de ONGs e de instituições de pesquisa. As regiões Sul e Sudeste oferecem mais vagas e melhores salários.


Nos primeiros anos, o aluno estuda disciplinas das áreas da geografia física, humana, regional e instrumental (cartografia, sensoriamento remoto e geoprocessamento). Ele inicia o curso com as matérias básicas de cada área, podendo agregar conhecimentos específicos por meio da escolha de disciplinas eletivas. Muitas graduações direcionam a formação para um setor específico de atuação, como meio ambiente ou hidrologia aplicada. Em algumas escolas, você opta, já no vestibular, entre o bacharelado e a licenciatura plena, enquanto outras permitem que as duas modalidades sejam feitas juntas. Na licenciatura, o curso pode receber o nome de Estudos Sociais (geografia).Duração média: quatro anos.

GESTÃO PUBLICA

O tecnólogo em Gestão Pública elabora, analisa e gerencia projetos de políticas públicas e desenvolvimento regional.Com capacidade para compreender o contexto socioeconômico e o processo de gestão estatal, esse profi ssional intervém nas áreas que demandam planejamento e uso do espaço urbano e rural, avaliando os impactos sociais, econômicos e ambientais resultantes da criação e implementação de políticas públicas. Ele atua em todos os setores do poder público, seja municipal, estadual ou federal, no legislativo, executivo ou judiciário. Pode, também, trabalhar junto a empresas privadas, em atividades que interagem com o poder público, e, ainda, em organizações do terceiro setor, fornecedores e prestadores de serviços. Além disso, sua formação permite prestar consultoria, executar auditorias e ministrar aulas.

Devido à grande importância que os órgãos públicos assumem como administradores da sociedade como um todo, tornou-se fundamental o trabalho desse tecnólogo dentro dessas instituições. Nelas, ele trabalha na avaliação das questões relativas à gestão das entidades estatais e sua influência na vida dos cidadãos e na execução de políticas públicas, atuando de forma multidisciplinar nas áreas social, administrativa e econômica. A maior parte das oportunidades surge por meio de concursos públicos. Embora a aprovação da lei das Parcerias Público-Privadas (PPP), em 2004, ainda não tenha impulsionado, como esperado, os projetos de gestão compartilhada, que envolve tanto o setor privado como órgãos públicos, a tendência é que isso acontecerá a médio ou longo prazos, expandindo o mercado para esse tecnólogo.


O curso de tecnologia em Gestão Pública oferece formação abrangente nas áreas de legislação, administração, contabilidade, mercado financeiro e sociologia. Esse aprendizado fornece ao aluno uma noção da problemática do crescimento e expansão dos municípios, aprimorando o desempenho dos futuros administradores públicos à medida que proporciona uma visão integrada das estratégias de formulação e implementação de políticas públicas. Alguns cursos também oferecem disciplinas ligadas à gestão do meio ambiente, gestão de pessoal, ética e responsabilidade social e metodologia de pesquisa científica. Duração média: dois anos.

GASTRONOMIA

São as técnicas utilizadas para a preparação de alimentos e bebidas e na gestão de restaurantes. O bacharel em Gastronomia domina as técnicas de segurança alimentar e de planejamento e produção de cardápios de restaurantes de cozinha internacional e nacional, hotéis, redes de lanchonetes, bufês, empresas de serviços alimentícios, companhias aéreas e até hospitais. Com técnicas apuradas, executa desde a preparação de pratos mais simples até os de alta gastronomia, incluindo a parte de confeitaria e cozinha industrial. Também é de sua responsabilidade a supervisão do funcionamento da cozinha e até de sua administração, como treinamento de pessoal, tabela de preços, negociação com fornecedores, contato com clientes e desenvolvimento de estratégias de marketing visando a rentabilidade do setor. Pode atuar como consultor, prestando assessoria para a abertura de um restaurante ou na mudança de cardápio de um estabelecimento que já está em funcionamento.

As melhores oportunidades estão em restaurantes de cardápio mais sofisticado, como os de cozinha internacional, nos quais o bacharel atua como chef de cozinha. Profissionais com conhecimentos em gestão de negócios são cada vez mais requisitados para gerenciar o cardápio e a compra de matérias-primas, além de garantir a rentabilidade do negócio. A consultoria é outra atividade que vem crescendo. O profissional é contratado para atuar na abertura de um novo restaurante ou para melhorar a lucratividade dos já existentes. As vagas concentram-se no eixo Rio–São Paulo, por conta da grande infra-estrutura de bares, restaurantes e hotéis. Norte e Nordeste têm absorvido muitos formandos, por conta dos novos hotéis e resorts, que exigem profissionais especializados. No Sul cresce a contratação de chefs.


Desde o 1º ano, os cursos procuram mesclar matérias práticas com teóricas. Na parte teórica aprendem-se bioquímica dos alimentos, microbiologia dos alimentos, funcionamento de restaurantes, desenvolvimento de pessoal, higiene e segurança de alimentos, além de sociologia, matemática, estatística e psicologia. A prática – que costuma encher os olhos dos alunos – é recheada de disciplinas como cocktail e drinks, panificação, sobremesas, confeitaria, cozinha brasileira e internacional, arte em frutas e legumes, enologia e cozinha alternativa. Em alguns cursos ainda há aulas de inglês, espanhol e francês. Duração média: quatro anos

FILOSOFIA

É a prática de análise, reflexão e crítica na busca do conhecimento do mundo e do homem. O filósofo dedica-se a investigar e a questionar com profundidade e rigor metodológico a essência e a natureza do Universo, do homem e de fatos. Estuda as grandes correntes do pensamento e a obra dos filósofos. Faz reflexões sobre questões éticas, políticas, metafísicas e epistemológicas, além de buscar compreensão teórica de conceitos, como os de espaço, tempo, verdade, consciência e existência. Desenvolve pesquisas, dá aulas e presta consultoria para instituições científicas, artísticas e culturais. Também está habilitado a implantar projetos educacionais em escolas e empresas.

O mercado de trabalho é promissor. Com o interesse do público leigo por cursos livres de filosofia e áreas afins, aumenta a demanda pelo profissional em centros culturais de grandes metrópoles, como a Casa do Saber, de São Paulo (SP), e o Sophia +, de Brasília (DF), onde o filósofo encarrega-se de organizar e ministrar cursos. Apesar desse nicho em ascensão, a maior parte dos formados ainda atua como professor em faculdades e escolas de ensino médio e fundamental. A área de educação está aquecida, pois desde 2007 entrou em vigor uma lei federal que torna a filosofia disciplina obrigatória em todas as escolas públicas e privadas de ensino médio do país.

Prepare-se para ler e escrever muitas dissertações e monografias, além de participar de seminários e palestras. É preciso mergulhar de cabeça em obras de mestres como Platão, Kant e Hegel. No primeiro ano, o currículo é baseado em matérias mais básicas, nas quais você estuda introdução à filosofia e filosofia geral. No decorrer do curso entram as disciplinas temáticas, como história da filosofia (antiga, medieval, moderna e contemporânea), lógica, teoria do conhecimento, filosofia da ciência e da linguagem, estética, filosofia da arte, ética e filosofia política. É obrigatória a apresentação de um trabalho de conclusão ao final do curso. Duração média: quatro anos.

FISIOTERAPIA

A dor é uma das grandes queixas do ser humano. Quando o fisioterapeuta ajuda um paciente a recuperar suas habilidades naturais e a viver sem esse tipo de incômodo, colabora para que ele tenha mais qualidade de vida. A função primordial do fisioterapeuta é prevenir, diagnosticar e tratar disfunções do organismo causadas por acidentes, malformação genética, vício de postura ou distúrbios neurológicos, cardíacos ou respiratórios. “No hospital, meu trabalho é combater o sedentarismo. Para isso, faço uma avaliação postural para saber se a pessoa tem alguma restrição e, no caso de dores, investigo as causas. Normalmente elas estão associadas ao trabalho. Oriento sobre a postura e dou noções de ergonomia”, relata Márcio Marega, fisioterapeuta do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. No geral, o trabalho é executado em parceria com outros profissionais da área de saúde, como fonoaudiólogos, médicos e terapeutas ocupacionais. Além dos métodos de manipulação e ginástica, para restaurar e desenvolver a capacidade física e funcional do paciente, o fisioterapeuta faz tratamentos à base de água, calor e frio. Trabalha com idosos, gestantes, crianças e pessoas com deficiência física e mental. “No período da tarde, faço atendimento particular a idosos. Treino, por exemplo, equilíbrio, força e marcha. O grande lance da fisioterapia é gostar de pessoas. Tenho pacientes há cinco anos com quem estabeleci amizade”, diz Márcio. Esse profissional atua não apenas em hospitais e clínicas de ortopedia e fisioterapia, como também em clubes esportivos e centros de reabilitação. Em empresas, previne acidentes de trabalho e promove a correção de postura dos funcionários. Em escolas, corrige e orienta a postura de crianças, jovens e adultos.

Paralelamente ao crescente aumento no número de concursos públicos para fisioterapeutas em todo o Brasil, é cada vez mais comum que o profissional preste serviço como autônomo, mesmo em grandes hospitais. Novas áreas de atuação estão surgindo, sobretudo nos tratamentos de pele, tanto na área da saúde quanto na de estética. "Isso envolve desde tratamentos para rugas e celulite (drenagem linfática e endemologia, por exemplo) à recuperação de cirurgias plásticas", diz Maria Silvia Mariani Pires de Campos, coordenadora do curso de Fisioterapia da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), em São Paulo. Outros nichos como a geriatria (cuidado com idosos) e a saúde do trabalho oferecem boas oportunidades para o fisioterapeuta. As academias de ginástica abrem vagas para a realização de avaliações clínicas e reeducação postural dos alunos. O especialista em fisioterapia respiratória encontra trabalho em hospitais do país inteiro, para tratar de pacientes que se recuperam de cirurgias pulmonares e cardíacas. As capitais e os grandes centros, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, são os que mais concentram vagas, tanto em hospitais quanto em empresas.

As disciplinas das ciências biológicas e da saúde constituem a base do currículo. Assim, espere muita aula de biologia, anatomia, fisiologia, patologia e histologia, principalmente no primeiro dos quatro anos de curso. Você estuda saúde pública, recursos terapêuticos manuais, neurologia, ortopedia e traumatologia. A partir do segundo ano, aumenta a carga de aulas práticas, nas quais se aprendem técnicas de tratamento, como a massoterapia (massagem), termoterapia (aplicação de calor ou frio) ou hidroterapia (por meio da água). O estágio é obrigatório no último ano e, normalmente, feito em clínicas das próprias faculdades ou em hospitais conveniados.

FÍSICA

É o estudo da relação entre a matéria e a energia, de suas propriedades e das leis que regem sua interação. O bacharel em Física estuda corpos e fenômenos físicos em todas as escalas – de partículas subatômicas à imensidão do cosmo. Além da pesquisa pura, aplica as leis do mundo físico para a solução de questões práticas e cotidianas. Pode especializar-se em diversas áreas, como acústica, plasma, astrofísica, física nuclear e desenvolvimento de materiais, entre outras. Na indústria faz experiências e análises para criar e aperfeiçoar materiais tecnológicos, produtos e processos. No mercado financeiro trabalha com modelos matemáticos para analisar o comportamento das bolsas de valores. Atua ainda na área de física médica, desenvolvendo e aplicando tecnologias e equipamentos nucleares e radioativos para imagem, diagnóstico e tratamento de doenças. O maior campo de trabalho, contudo, é mesmo o ensino.

Quem faz licenciatura tem maiores chances de colocação no mercado de trabalho. Isso porque tanto na rede pública de ensino quanto na particular há vagas para o professor de Física em todo o país. No interior, inclusive do estado de São Paulo, faltam professores, o que aumenta a probabilidade de encontrar trabalho. Nos cursinhos pré-vestibulares também é grande a demanda por esse profissional. Para o bacharel, o ramo de física médica é um dos mais promissores. Hospitais, clínicas, centros de diagnóstico, órgãos de vigilância sanitária e empresas que desenvolvem produtos biomédicos e equipamentos médicos e odontológicos são os principais empregadores. Bancos e instituições financeiras contratam o físico para desenvolver modelos matemáticos a fim de acompanhar e analisar o movimento da bolsa de valores. Em indústrias, principalmente metalúrgicas e de autopeças, o especialista em materiais tem boas chances de colocação.

No início, há muita matemática e física básica. A partir do terceiro ano, você começa a estudar física avançada, como mecânica quântica, e a aplicar esses conhecimentos nas disciplinas específicas, como relatividade e física nuclear. Algumas escolas oferecem especializações dentro da Física, como Astronomia ou Física Médica. Neste caso, matérias específicas dessas áreas de conhecimento costumam ser oferecidas desde o princípio do curso.

FARMACIA

É o estudo da composição e dos processos produtivos de medicamentos, cosméticos e alimentos industrializados. O farmacêutico pesquisa e prepara medicamentos, cosméticos e produtos de higiene pessoal; examina e testa substâncias e princípios ativos que entram em sua composição e observa as reações provocadas no organismo. Registra novas drogas, distribui e comercializa os produtos e verifica se chegam ao consumidor dentro das normas sanitárias. Em laboratórios de análises clínicas, pesquisa, registra e realiza exames clínico-laboratoriais e toxicológicos para auxílio do diagnóstico e acompanhamento de doenças. Em farmácias, distribui medicamentos e prepara fórmulas personalizadas. Na indústria alimentícia, controla a qualidade das matérias-primas e do produto final, estudando e estabelecendo métodos para evitar e detectar adulterações e falsificações, a fim de impedir danos à saúde pública.


O farmacêutico é cada vez mais solicitado para atuar em frentes como o combate aos remédios falsificados e o cuidado com a qualidade dos medicamentos e dos alimentos. Além das indústrias, que abrem vagas principalmente para quem atua nas áreas de pesquisa e controle de qualidade, as distribuidoras de medicamentos têm se mostrado grandes empregadoras, pois precisam do profissional para acompanhar o transporte, o armazenamento e a distribuição de seus produtos. Nesses casos, as vagas se concentram mais no estado de São Paulo, mas há oportunidades ainda no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.


As matérias das áreas de biologia, física e química acompanham o aluno durante todo o curso. Nos três primeiros anos, você estuda química orgânica, inorgânica, analítica, parasitologia, microbiologia, imunologia e anatomia. Entre as disciplinas profissionalizantes estão fisiopatologia, toxicologia, análise e controle de qualidade, química farmacêutica, farmacologia, tecnologia farmacêutica e de cosméticos. As aulas práticas, em laboratório, ocupam grande parte da carga horária. Algumas escolas oferecem graduação direta numa habilitação específica, como alimentos ou análises clínicas. O estágio é obrigatório. Duração média: cinco anos.




FONOAUDIOLOGIA

É a ciência que se ocupa da pesquisa, da prevenção, do diagnóstico, da habilitação e reabilitação da voz, da audição, da motricidade oral, da leitura e da escrita. O fonoaudiólogo cuida das questões ligadas à comunicação oral e escrita. Ele trata deficiências de fala, audição, voz, escrita ou leitura. Pode atuar em parceria com fisioterapeutas, otorrinolaringologistas, neurologistas e psicólogos. Com dentistas, trata de males que podem causar ou agravar problemas ortodônticos, como vícios de mastigação e deglutição. Auxilia profissionais que utilizam a voz, como cantores e atores. Pode trabalhar em clínicas, consultórios, escolas, hospitais e emissoras de televisão. Para exercer a profissão é preciso registrar o diploma no Conselho Regional de Fonoaudiologia.

As ofertas de trabalho para o fonoaudiólogo têm perspectivas de crescimento com a possibilidade de se tornar obrigatória a presença do profissional no serviço público de saúde, sobretudo nos programas de saúde da família do governo federal. Em cidades de médio e grande portes, maternidades contratam o especialista em audiologia, para a realização de testes de audiometria em recém-nascidos, e em motricidade oral, para ajudar os bebês com dificuldade de sugar o leite materno. Em hospitais de todo o país e empresas de home care ele auxilia pacientes que saem da UTI com dificuldade para engolir os alimentos, atua na reabilitação de fissurados labiopalatal e no tratamento de patologias cujos sintomas são vertigens e tonturas. É crescente a procura de fonoaudiólogos por profissionais que necessitam de boa dicção, como locutores, executivos, oradores e políticos, que aprendem a entonação e a impostação corretas da voz

O currículo inclui disciplinas de diversas áreas do conhecimento. Das ciências biológicas e da saúde, o aluno estuda anatomia, fisiologia, genética e patologias. Das ciências sociais e humanas, os futuros fonoaudiólogos vêem psicologia, pedagogia e ética. Boa parte da formação, no entanto, é voltada para os conteúdos específicos da profissão, como audição, linguagem oral e escrita, fala e prevenção, avaliação, diagnóstico e tratamento dos distúrbios da comunicação. Há, ainda, aulas de física acústica e metodologia da pesquisa. No final da graduação é preciso fazer um estágio, bem como apresentar uma monografia.

ENGENHARIA ELETRICA

Brasil iniciou o século XXI às voltas com o fantasma da crise energética. Essa situação mostrou a vulnerabilidade do setor elétrico nacional, mas, também, sua importância estratégica. Sem energia, a indústria e a agropecuária não produzem, o comércio não vende e os empregos desaparecem. Ou seja, sem energia, o país pára. Por outro lado, o setor energético depende da demanda desses outros segmentos para crescer. Na época do apagão, em março de 1999, a população respondeu prontamente ao pedido do governo para economizar energia e, assim, colaborou de maneira decisiva para evitar um cenário ainda mais complicado. Mas, como resultado da queda no consumo, as companhias produtoras e distribuidoras de eletricidade reduziram drasticamente o faturamento – o que ameaçou milhares de empregos.
O mercado de transmissão e distribuição de energia elétrica está em alta de norte a sul do país. Enquanto concessionárias e empresas de energia como a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), a Eletropaulo e a Bandeirantes investem no aumento da eficiência energética, construtoras como Camargo Correa e Andrade Gutierrez executam obras para comportar o crescimento do setor. Tanto nas companhias energéticas como nas empreiteiras, os graduados são bastante requisitados. "Outro nicho em evidência é o de pesquisa, feita em conjunto com instituições de ensino ou institutos de pesquisa.
Prepare-se para enfrentar muito cálculo. O currículo começa com disciplinas básicas, como matemática, física e informática. As contas acompanham o aluno também nas aulas de economia e administração. A parte mais divertida fica por conta das aulas práticas e dos experimentos em laboratório, que costumam aparecer desde o início da graduação. A formação profissionalizante tem início no terceiro ano, com aulas de projetos de sistemas elétricos, materiais elétricos, sistemas digitais e eletromagnetismo, entre outras. O estágio é obrigatório e, geralmente, feito a partir do quarto ano. A duração média do curso é de cinco anos.

ENGENHARIA MECANICA

É a área da engenharia que cuida do desenvolvimento, do projeto, da construção e da manutenção de máquinas e equipamentos. O engenheiro mecânico desenvolve e projeta máquinas, equipamentos, veículos, sistemas de aquecimento e de refrigeração e ferramentas específicas da indústria mecânica. Também supervisiona sua produção. Calcula a quantidade necessária de matéria-prima, providencia moldes das peças que serão fabricadas, cria protótipos e testa os produtos obtidos. Organiza sistemas de armazenagem, supervisiona processos e define normas e procedimentos de segurança para a produção. Controla a qualidade, acompanhando e analisando testes de resistência, calibrando e conferindo medidas. Pode dedicar-se às vendas. Costuma trabalhar com engenheiros eletricistas, de materiais, de produção e de automação e controle, na montagem e automação de sistemas, na manutenção de aeronaves e na indústria de eletroeletrônicos.
Esse mercado está bastante aquecido, principalmente nas montadoras de automóveis, fábricas de autopeças e de alumínio, assim como nas indústrias dos setores petroquímico, metalmecânico e de produção naval. Nesses casos, o profissional é empregado para trabalhos em projetos de linhas de produção, máquinas e equipamentos e em processos de manufatura. O boom do setor imobiliário, que tende a crescer entre 20 e 30% este ano, eleva a procura por especialistas em maquinário pesado, usado na construção de prédios e em obras em geral, e por equipamentos de refrigeração e energia, como geradores e turbinas hidráulicas. Outro ramo de atividade muito importante é o de manutenção de equipamentos de produção, no qual ingressam os especialistas em mecatrônica. O recém-formado também encontra oferta de emprego no setor aeronáutico. A região Sudeste, por ser o maior pólo da indústria nacional, principalmente no ABC paulista, continua empregando mais. Mas verifica-se um crescimento de demanda nos estados do Sul, com a indústria de equipamentos e automobilística; no Nordeste, com a área de petróleo e autopeças; e na agroindústria, com a necessidade de manutenção dos equipamentos de máquinas agrícolas. O engenheiro mecânico encontra vagas também no pólo petroquímico de Camaçari, na Bahia. MBA, cursos de educação continuada, pós-graduação e até doutorado podem colaborar para melhores conquistas profissionais, principalmente na área de desenvolvimento tecnológico.
Além das disciplinas básicas de engenharia, entre elas física e matemática, o aluno assiste a aulas de termodinâmica, mecânica dos fluidos, transmissão de calor, resistência de materiais, processos de transformação, vibrações e sistemas mecânicos. Muitas escolas direcionam a formação para uma especialidade, como aeronaves, armamentos ou manutenção. A USP em São Carlos, por exemplo, oferece cinco habilitações: mecatrônica, materiais metálicos, mecânica plena, aeronaves e projetos. Seja como for, há muita atividade em laboratório, como desenvolvimento de ensaios e de protótipos e estudo de combustíveis alternativos e de tecnologia de ponta. Fique preparado para desenvolver sua habilidade em desenho, indispensável para o projeto de máquinas.