A dor é uma das grandes queixas do ser humano. Quando o fisioterapeuta ajuda um paciente a recuperar suas habilidades naturais e a viver sem esse tipo de incômodo, colabora para que ele tenha mais qualidade de vida. A função primordial do fisioterapeuta é prevenir, diagnosticar e tratar disfunções do organismo causadas por acidentes, malformação genética, vício de postura ou distúrbios neurológicos, cardíacos ou respiratórios. “No hospital, meu trabalho é combater o sedentarismo. Para isso, faço uma avaliação postural para saber se a pessoa tem alguma restrição e, no caso de dores, investigo as causas. Normalmente elas estão associadas ao trabalho. Oriento sobre a postura e dou noções de ergonomia”, relata Márcio Marega, fisioterapeuta do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. No geral, o trabalho é executado em parceria com outros profissionais da área de saúde, como fonoaudiólogos, médicos e terapeutas ocupacionais. Além dos métodos de manipulação e ginástica, para restaurar e desenvolver a capacidade física e funcional do paciente, o fisioterapeuta faz tratamentos à base de água, calor e frio. Trabalha com idosos, gestantes, crianças e pessoas com deficiência física e mental. “No período da tarde, faço atendimento particular a idosos. Treino, por exemplo, equilíbrio, força e marcha. O grande lance da fisioterapia é gostar de pessoas. Tenho pacientes há cinco anos com quem estabeleci amizade”, diz Márcio. Esse profissional atua não apenas em hospitais e clínicas de ortopedia e fisioterapia, como também em clubes esportivos e centros de reabilitação. Em empresas, previne acidentes de trabalho e promove a correção de postura dos funcionários. Em escolas, corrige e orienta a postura de crianças, jovens e adultos.
Paralelamente ao crescente aumento no número de concursos públicos para fisioterapeutas em todo o Brasil, é cada vez mais comum que o profissional preste serviço como autônomo, mesmo em grandes hospitais. Novas áreas de atuação estão surgindo, sobretudo nos tratamentos de pele, tanto na área da saúde quanto na de estética. "Isso envolve desde tratamentos para rugas e celulite (drenagem linfática e endemologia, por exemplo) à recuperação de cirurgias plásticas", diz Maria Silvia Mariani Pires de Campos, coordenadora do curso de Fisioterapia da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), em São Paulo. Outros nichos como a geriatria (cuidado com idosos) e a saúde do trabalho oferecem boas oportunidades para o fisioterapeuta. As academias de ginástica abrem vagas para a realização de avaliações clínicas e reeducação postural dos alunos. O especialista em fisioterapia respiratória encontra trabalho em hospitais do país inteiro, para tratar de pacientes que se recuperam de cirurgias pulmonares e cardíacas. As capitais e os grandes centros, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, são os que mais concentram vagas, tanto em hospitais quanto em empresas.
As disciplinas das ciências biológicas e da saúde constituem a base do currículo. Assim, espere muita aula de biologia, anatomia, fisiologia, patologia e histologia, principalmente no primeiro dos quatro anos de curso. Você estuda saúde pública, recursos terapêuticos manuais, neurologia, ortopedia e traumatologia. A partir do segundo ano, aumenta a carga de aulas práticas, nas quais se aprendem técnicas de tratamento, como a massoterapia (massagem), termoterapia (aplicação de calor ou frio) ou hidroterapia (por meio da água). O estágio é obrigatório no último ano e, normalmente, feito em clínicas das próprias faculdades ou em hospitais conveniados.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
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